Na obra Os Sertões, livro que conta a história da Guerra de Canudos, Euclides da Cunha diz que "O Sertanejo é antes de tudo, um forte".

Falaremos hoje de um de nossos biomas, a Caatinga, vale destacar que Castelo do Piauí está em uma região de ecótono, uma espécie de transição. São encontrados aqui, além da caatinga, também o cerrado, por isso nossa flora é tão rica e dinâmica.

A vegetação típica do sertão nordestino é a caatinga que em Tupi Guarani significa mata branca, rala ou espinhenta. Durante o período de estiagem (período sem chuvas, quando a estiagem se prolonga tem-se a chamada seca), algumas árvores desse bioma perdem suas folhas para evitar a transpiração.

Uma defesa para não morrerem devido ao forte calor de nossa região por causa do clima tropical semiárido que tem por características altas temperaturas com médias acima dos 25° e baixo índice pluviométrico com as chuvas concentradas no verão.

As raízes de muitas plantas são rasas, já outras profundas. Por causa da perda das folhas a vegetação fica esbranquiçada daí os povos indígenas a chamarem caatinga. Suas árvores são de pequeno porte e espaçadas, em muitas delas suas folhas são transformadas em espinhos caso das cactáceas.

Algumas plantas da caatinga retém água nas folhas e no caule, que serve para matar a sede de pessoas e animais quando a seca se prolonga. São típicas dessa vegetação: a palma, o mandacaru que dizem não dá encosto e nem sombra, o xique xique, o umbuzeiro, a aroeira, o caroá e o juazeiro.

A foto em destaque foi feita durante uma condução em uma das trilhas da Cachoeira das Arraias no Parque Pedra do Castelo em pleno sol de meio dia. É o Euclides da Cunha tinha razão.

Texto: Augusto Júnior Vasconcelos.