Em um passado recente, não muito distante, existiam dois parreirais de uvas em Castelo do Piauí. Dois hectares na propriedade do agropecuarista João Augusto e outro hectare na Fazenda São Joaquim, pertencente ao grupo Mangueira.
Os tipos uvas cultivadas eram a Itália e a Benitaka Brasil, as duas de excelente sabor, diga-se de passagem. Quem teve a oportunidade de saborear, certamente concordará com a afirmação.
O sistema utilizado nas parreiras era o de irrigação por gotejamento e necessitava de pessoas com experiência no manejo do solo e da cultura. A irrigação por gotejamento distribui a água lenta e diretamente na zona radicular, através de canos e mangueiras flexíveis de polietileno, com emissores ou gotejadores incorporados em linha, que se estende ao longo das linhas das plantas.
De acordo com o agrônomo Reginaldo Cardoso, a produção girava entorno de 15 toneladas por hectare, sendo que eram duas safras por ano. Essa produção abastecia o mercado interno e também era levada para Teresina.
Os parreirais também davam sua parcela de contribuição para o fomento da economia gerando empregos diretos e indiretos. Muitos autônomos compravam e revendiam a uva para outras cidades e principalmente na zona rural do município de Castelo.
O fim das parreiras
Um dos problemas enfrentados, pelos produtores, era o alto custo gerado para se ter uma boa colheita e também a falta de mão de obra qualificada, sendo preciso trazer de outras cidades, como as pessoas que vinham de Petrolina PE, além da concorrência com grandes fornecedores que podiam reduzir o preço para revenda e fornecer material de suporte.
Uma pena ter acabado momentaneamente a produção de uvas em nossa região, pois além de muito bonito de se ver o parreiral em sua plenitude, a qualidade da uva era sem igual. Era um verdadeiro espetáculo, para apreciar e fotografar as cores vivas do parreiral, contrastando com a vegetação seca em pleno período de estiagem do Nordeste Brasileiro. Eles eram passagem quase que obrigatória para grupos que visitavam os nossos atrativos turísticos.
Texto e fotos: Augusto Júnior Vasconcelos.





1 Comentários
Muito bacana 👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼
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