Acaba a temporada de chuvas e o pássaro João-de-barro (o construtor) se prepara para construir seu ninho ou sua casa. A água das chuvas molhou a terra, antes seca, agora úmida, criou o material ideal para o construtor começar a fazer o seu trabalho.
Barro, palha, raízes, são unidos até se formar em uma massa argilosa que é esculpida pelo João-de-barro e sua parceira, gerando um tipo de forno espesso, onde muito em breve a fêmea colocará seus ovos.
A casa depois de feita fica tão sólida que de secar e endurecer poderá suportar climas adversos e permanecer em um bom estado durante muitos anos. O João-de-barro atua como uma espécie de arquiteto.
O encontro inesperado
Estava passando na estrada vicinal entre os povoados Vereda da Jurubeba e Açude do Mão Cortada e contemplando a verdejante paisagem que se forma no período das chuvas em nossa região, quando de repente atravessa um camaleão na terra úmida. Talvez se fosse o Drumond, diria que "Havia um camaleão no meio do caminho".
Parei a moto para fotografar o réptil, porém a passagem do lagarto foi tão rápida que não consegui fazer a imagem e qual não foi à surpresa ao olhar a vegetação vi uma construção singular em meio à mata fechada, fiquei observando ao redor e contemplei a bela casa, rica em detalhes, linda e feita de forma sustentável, diga-se de passagem, daí fiz este registro, que considero um dos meus melhores.
Voltando ao camaleão que atravessou a estrada: Teria sido a travessia do réptil pertencente a família dos lagartos pela estrada quando eu ia passando, uma mera coincidência ou foi obra do acaso para que eu fizesse esse registro e contasse mais uma história?
Texto: Augusto Júnior Vasconcelos.
Imagem do camaleão retirada da internet.
Apoio Cultural:
0 Comentários